terça-feira, 19 de julho de 2011

Não à privatização dos CTT e ao encerramento de Estações de Correios



Os CTT fazem parte de um conjunto de empresas a privatizar pelo governo, em obediência e sintonia com as directivas da Troika, inscrevendo-se esta medida num vasto rol de atentados contra a nossa soberania.
O PNR não se opõe às privatizações em abstracto, mas antes, entende que os sectores vitais para a soberania e economia nacionais não são susceptíveis de passar das mãos do Estado para as do capital apátrida e usurário. Tais sectores vitais, como as energias, transportes e comunicações, são também eles, vitais para a coesão nacional e para o serviço às populações, pelo que, não podem ser alienados dos interesses nacionais e, dessa forma, da tutela do Estado.
As empresas públicas, além de poderem ser muitas delas lucrativas – se forem bem geridas, sem corrupção, gestão danosa ou clientelismo – devem acrescentar uma mais-valia em formação de quadros superiores e de trabalhadores especializados, mas sobretudo, devem fornecer os serviços mínimos de qualidade aos portugueses e garantir, deste modo, qualidade de vida às populações e soberania nacional.
No que respeita aos CTT – na mira das iminentes privatizações – a sua Administração ameaça encerrar várias Estações de Correio colocando em causa um serviço verdadeiramente social e de proximidade, sendo que essa medida é lesiva, atenta contra o interesse público e transtorna a vida das pessoas.
O serviço postal é um dos pilares de soberania de um país, pelo que deve ser claramente assumido pelo Estado!
Além do mais, contrariamente a outras instituições públicas, os CTT não têm tido problemas de fundo ao nível financeiro, apesar de gestões danosas nos últimos anos, com gastos sumptuosos em carros de luxo para a Administração, venda de património e posterior aluguer de instalações com rendas escandalosas, redução de pessoal do quadro e posterior recrutamento de funcionários a empresas de trabalho temporário… E se apresentam prejuízo no último ano, tal não passa de uma manobra de engenharia financeira, justamente para “justificar” uma privatização de conveniência.
A lógica economicista, de privatizações e encerramentos, não se pode sobrepor ao bem-estar social das populações, nem amputar o Estado de tal forma que este fique à mercê do grande capital, sobretudo o apátrida. Além disso ficam amaçados muitos postos de trabalho, quer pelos encerramentos, quer sobretudo, pela privatização e procura do lucro selvagem.
Lutemos pois, contra o encerramento cego de estações dos CTT e contra a privatização desta instituição nacional secular.

Na quarta-feira, 20 de Julho, às 17.30 horas, faremos acção de protesto na Praça dos Restauradores, em Lisboa, contra a privatização dos CTT e em apoio ao trabalho nacional. Depois e por todo o país vão seguir-se acções de colagens e panfletárias referentes a este assunto.
Juntem-se a nós nesta causa, façam cópias e colem junto às estações dos CTT, participem na distribuição de panfletos.

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