quinta-feira, 2 de junho de 2011

“As Gândras” à beira da ruptura e do encerramento


São aproximadamente 7.500 os utentes que a Unidade de Saúde Familiar (USF) “As Gândras”, de Febres, serve em condições que são provisórias há mais de três anos, ou seja, desde que a USF recebeu “luz verde” para iniciar funções. “Fomos aprovados enquanto USF há mais de três anos, com promessas de obras a serem efectuadas por parte da Administração Regional de Saúde do Centro, obras essas determinantes para o bom funcionamento da Unidade, como ultimamente se tem revelado pelas infiltrações de água sistemáticas”, assegurou ao AuriNegra Carlos Chieira, coordenador da USF. “Obras de remodelação e ampliação do espaço físico da sede de Febres que, ainda hoje, se encontram sem data prevista de início”.

Uma auditoria recente à Unidade de Saúde Familiar “As Gândras” recomendou o encerramento dos três “pólos, por entender que serviços de proximidade, como o que é prestado pela USF, são sinónimo de ‘dispersão’ e de ‘falta de qualidade.

A falta de qualidade deve ser imputada a quem nunca fez e obras e criou condições para o bom funcionamento da unidade de saúde.
A saúde é um direito e não um negócio, mas com estudos encomendados, que baseados somente em factores economicistas e dados quantitativos este governo muitas vezes coma complacência de muitos autarcas vai acabando com os serviços de proximidade, concentra as unidades de saúde nos grandes centros urbanos, retira qualidade de vida às zonas periféricas e promove a sua desertificação, não levando em conta dificuldades de transporte e deslocações dos mais idosos, dos doentes, das crianças e dos mais necessitados.
Um sistema que propagandeia a justiça social com uma mão, mas que depois com a outra a desrespeita e não a efectiva, é um sistema inimigo do seu povo.

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